sexta-feira, 15 de junho de 2012

Os Bolas-Mistas

-Integrantes :

Matheos Brainer ( Moderador )
Caio Crisóstomo
Breno Mateus
Bruno Augusto
Leonardo da Rocha
2A1 - CNSG

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Vegetais Transgênicos

               Não é tão raro nós vermos na televisão matérias sobre vegetais transgênicos, mas muitos não entendem do que se trata. O que são ? Qual a sua importância ? Seu consumo é recomendado ? Como se cria um vegetal transgênico ? Todas essas perguntas serão respondidas nessa postagem!


                Vegetais transgênicos são resultados da engenharia genética e consiste nas técnicas de transferência de parte do DNA de um indivíduo para outro, por meio da tecnologia do DNA recombinante, criada pela moderna biotecnologia.


                Um organismo é chamado de transgênico, quando é feita uma alteração no seu DNA - que contém as características de um ser vivo. Por meio da engenharia genética, genes são retirados de uma espécie animal ou vegetal e transferidos para outra. Esses novos genes introduzidos quebram a sequência de DNA, que sofre uma espécie de reprogramação, sendo capaz, por exemplo, de produzir um novo tipo de substância diferente da que era produzida pelo organismo original.

                 Com a superpopulação mundial e o aparecimento de novas indústrias num ritmo tão acelerado, a escassez de alimentos em nível mundial é um risco que passamos a correr. Com o processo de modificação genética dos alimentos, criou-se uma espécie mais resistente contra pragas, insetos e fungos, que precisa de menores quantidades de inseticidas e agrotóxicos, adapta-se melhor a determinadas condições ambientais e pode ter seu sabor e até seu valor nutricional modificados.  

                 

                  A utilização de alimentos transgênicos traz suas vantagens e desvantagens, e são elas :

    - Vantagens :

  • Diminuição do custo de produção em torno de 15%;
  • Aumenta o espectro de plantas daninhas controladas;
  • Herbicida com menor impacto ambiental;
  • Manejo mais fácil e flexível;
  • Disponibilidade de herbicidas com mecanismosde ação importantes;
  • Aumento da área de plantio direto;





   - Desvantagens :
  • Podem adquirir resistência à antibióticos e serem vítimas das toxicidade dos agrotóxicos;
  • Outro tipo de preocupação seria o impacto ambiental que os Organismos Geneticamente Modificados poderiam causar.  






            Como se faz uma modificação genética ?




           Para se obter de plantas transgênicas é preciso extrair o DNA do organismo que possui o gene de interesse. Depois esse gene é isolado e inserido em bactérias para se ter de várias cópias dele.
          O gene de interesse, antes de ser inserido no genoma da célula vegetal, sofre transformações, assim origina o transgene. 
           O transgene (gene modificado) é, então, inserido no tecido da planta, porque é impossível a inserir o transgene em cada uma das células da planta. Elas originam diferentes órgãos de uma planta, como raiz, caule e folha, gerando uma planta completa e fértil. 
O método de transformação depende da espécie vegetal e do objetivo da transformação os quais serão empregados de acordo com as vantagens de cada um.



                  Cada um desses métodos tem como objetivo introduzir o transgene no núcleo da célula, onde se encontra o material genético, sem danificar a célula. Então, a planta se desenvolve e suas células apresentarão o transgene de interesse podendo transmiti-lo a seus descendentes.

                 Curiosidades:

  • O primeiro transgênico criado foi a bactéria Escherichia coli, que sofreu adição de genes humanos para a produção de insulina na década de 1980.  
  • Em 1983 foi obtida a primeira planta transgênica: uma planta de tabaco resistente a um tipo de antibiótico. 
  • As plantas geneticamente modificadas resistentes a insetos, vírus e bactérias foram testadas em campo pela primeira vez em 1985. 
  •   Foi aprovada em 1994 a primeira planta transgênica, desenvolvida pela Monsanto, uma variedade de soja designada Roundup Ready TM, resistente a um herbicida (glifosato).  
  •   Em 1994 foi aprovado para a comercialização o primeiro alimento transgênico: o tomate transgênico Flavr Savr TM, que tem seu amadurecimento retardado.  










sexta-feira, 1 de junho de 2012

Rafflesia arnoldii

                  A Rafflesia arnoldii, mais conhecida como ''A flor-monstra'', é famosa por gerar a maior flor do mundo, podendo até mesmo atingir 106 cm de diâmetro e pesar cerca de 10 kg. Ela produz uma substância capaz de atrair insetos, que ficam presos no líquido pegajoso e se tornando presas da planta. Essa espécie é nativa das florestas das ilhas de Sumatra e Bornéu, na Indonésia. 


                    Essa gigantesca flor é uma parasita, que sobrevive retirando nutrientes das raízes de uma árvore chamada Tetrastigma. A Rafflesia depende totalmente da parasitagem, pois não faz fotossíntese, não tem caule e nem raíz, a estrutura da planta só possuí apenas alguns vasos condutores ligado à planta hospedeira, segundo o botânico Phillip Griffths, do Jardim Botânico Real de Kew, na Inglaterra.
                     A Rafflesia arnoldii pode levar até um ano para desabrochar, e isso é crucial para o seu desenvolvimento. As grandes pétalas possuem muito mais osmóforos, células que produzem um aroma que deixam as moscas atraídas, realizando assim a polinização, assim, o alcance do odor é maior, e atrai mais insetos.


                       Porém, o mesmo cheiro que atrás os insetos afasta qualquer admirador. Não é à toa que o odor de carniça liberado pela flor e a sua coloração semelhante à uma carne podre lembra mais um corpo em estado de decomposição do que uma flor em si, e isso lhe rendeu mais outros apelidos : lírio-podre e flor-cadáver. Seu nome científico é em homenagem aos seus descobridores, Stamford Raffles e Joseph Arnold, exploradores ingleses que a descobriram em 1818 na ilha de Sumatra.


                                                      

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Hidroponia - Saiba como funciona!


O que é a Hidroponia ?

         Hidroponia é uma técnica agrícola, atraves da qual se cultivam plantas sem a necessidade do solo como fonte dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.
A palavra hidroponia, de origem grega, é formada pela composição das palavras do grego antigo, HYDOR, que significa água, e PONOS, que significa trabalho, no sentido de obra executada (o livro de um escritor - o quadro de um pintor).
         Na prática da hidroponia, as plantas podem ser cultivadas com as raízes suspensas no seio da água - Cultura em Água, suspensas no ar úmido - Aeroponia, ou ancoradas num Substrato ou Meio de Cultura, isento de Matérias Orgânicas Biodecomponíveis - Hidroponia em Substratos.
         Ao cultivar com solução nutritiva utilizando um substrato não inerte (húmus por exemplo), admite-se dizer que é um cultivo sem solo, mas não é adequado referir-se como sendo hidroponia. Quando a solução é aplicada ao solo, tem-se a ferti-irrigação. Não é cultivo sem solo, nem hidroponia. Em geral esta solução não é completa, pois tem caráter complementar.
         Portanto, na hidroponia a única fonte de nutrientes para as plantas é a solução nutritiva, pois, se houver substrato, este é inerte. No caso de cultivo sem solo, basta que o solo não seja utilizado. Um exemplo, é o cultivo apenas em húmus de minhoca.
           Apesar de ser uma técnica relativamente antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo Dr. W. F. Gericke da Universidade da Califórnia.
          Essa técnica pode ser aplicada tanto em escala doméstica (pequenos vasos) bem como em escala comercial (grandes plantações em galpões). Gericke adotou o sistema de cultivo sem solo para as condições de campo, de tal forma que se tornou o primeiro passo para viabilizar o cultivo em escala comercial. Quando se diz que "Gericke é o pai da hidroponia" não significa que ele inventou o cultivo sem solo, mas trata-se de uma homenagem aos avanços científicos conquistados por ele e por ter pela primeira vez usado o termo hidroponia.
        Uma técnica similar à hidroponia, com utilização de aspersão de gotículas de água sobre as raízes de plantas suspensas, é conhecida como Aeroponia.



Agrotóxicos no cultivo:

          As plantas hidroponicas são muito sãs, resistem muito bem a muitas pragas, e geralmente são colhidas antes que tais pragas possam ser-lhes prejudiciais.
          Porém, quando as pragas produzem seu efeito antes da colheita das plantas, necessário se faz o uso de agrotóxicos, e dentre estes, os hidroponistas utilizam sempre os naturais, ou em doses homeopáticas, os artificiais inorganicos.
          As doses de agrotóxicos utilizadas na hidroponia, quando necessários, o que é um facto raríssimo, são na ordem de um décimo ou um centésimo por cento daquelas usadas na hoje tão falada Agricultura Organica, ou mesmo na convencional.
Eis porque geralmente se diz que na hidroponia não se usam agrotóxicos, o que até certo ponto, é verdade.



Sistemas hidropônicos:

          Existem várias maneiras de praticar-se a Hidroponia, as quais denominamos como Sistemas Hidroponicos.
          Os Sistemas hidroponicos podem ser divididos em dois grupos básicos, que são os Sistemas Passivos e os Sistemas Ativos.
          Nos sistemas passivos, a solução nutritiva permanece estática, e é conduzida às raizes das plantas, geralmente, por capilaridade.
Isto se consegue utilizando-se um meio de cultura de alto poder capilar, geralmente adicionado de um pavio, como aquele utilizado em lamparinas ou lampadas de óleo.
         Quando se utiliza um pavio, o sistema é denominado como SISTEMA DE PAVIO.
         Todos os Sistemas Ativos, de uma forma ou de outra, necessitam a circulação da solução nutritiva através de uma bomba, e grande parte deles também necessitam de algum sistema paralelo e conjunto, para fazer-se a aeração ou oxigenação da solução.
         Considerando os sistemas passivos e ativos, há um total de 6 sistemas básicos, que conhecemos por Sistema de Pavio, Sistema de Leito Flutuante, Sistema de Sub-Irrigação, Sistema NFT, Sistema de Gotejamento e Sistema Aeroponico.
          Existem centenas de sistemas hidroponicos, mas qualquer um deles é sempre uma variação de um dêstes seis, ou uma combinação de dois ou mais deles.



Por que usar a Hidroponia?

          Considerando um solo agricultável normal, é muito difícil manejá-lo, de forma que as plantas nele cultivadas consigam no mesmo os alimentos que lhes são necessários.
Mesmo fertilizando êsse solo corretamente, os alimentos necessários às plantas são dele desviados pelas águas da chuva ou da irrigação artificial, perdendo-se para áreas superficiais não utilizáveis, para cursos de água, e mesmo para o sub-solo, atingindo até os lençóis freáticos.
         A ação das águas sôbre o solo, causa enormes perdas de fertilizantes adicionados a ele, além de desequilibrar sua constituição química.
        Na prática da hidroponia, as plantas não têm contacto com o solo, pelo que ficam isentas da invasão das larvas, insectos e bactérias dele provenientes.
         Isto traduz-se na obtenção de plantas de altíssimo nível de sanidade para o seu consumo pelo ser humano.
        Por outro lado, os alimentos dados às plantas para o seu desenvolvimento, estarão sempre perfeitamente em equilíbrio com as necessidades das mesmas, pois que não sofrem as perdas devidas à ação das chuvas e da irrigação artificial.
       Na hidroponia, o equilíbrio e as quantidades de alimentos fornecidos às plantas, são rìgidamente controlados, e com isso, não há desperdício dos mesmos.
        Consequência disso, as plantas desenvolvem-se dentro de um alto nível de salubridade, apresentando os níveis ideais de vitaminas, açúcares e proteinas, que serão sempre muito maiores do que os apresentados pelas plantas cultivadas em solos convencionais.
         Embora não seja uma exigência da hidroponia, as culturas levadas a efeito pela sua prática, são feitas dentro de estufas, umas mais, outras menos sofisticadas, de acôrdo com o clima da região onde são instaladas, e mesmo para atender às necessidades das plantas a cultivar.
        Consequência disso, por estarem as plantas confinadas, estão muito protegidas contra os ataques de pragas e sujeiras transmitidas pelo ar.
        As plantas e frutos hidropónicos são colhidos perfeitamente limpos, e podemos dizer, prontos para consumo, embora sempre seja aconselhável sua higienização, pois que o manuseio das mesmas desde sua colheita até chegarem às mãos do consumidor, sempre proporcionará algum tipo de sujeira ou contaminações, que necessitam ser eliminadas.
        Por serem as plantas hidroponicas muito sãs, sua durabilidade após colhidas é muito grande, sendo normal atingirem vida útil de dez a vinte vezes maior do que as plantas oriundas de culturas em solos convencionais.
         Muitas plantas, como a alface, são fornecidas aos consumidores com as raizes, e se forem de colheita recente, poderão ser conservadas em casa, num vaso com água, vivas e prontas para consumo quando necessário.





quarta-feira, 16 de maio de 2012

Florestas Petrificadas

                Em todo o mundo existem florestas fossilizadas. Em alguns casos é preservado todo o ecossistema da floresta, incluindo detalhes de folhagem, o que indica ter havido um sepultamento catastrófico, extremamente rápido e simultâneo de toda a área. Árvores inteiras com 40m de altura são encontradas ainda hoje na sua posição vertical na forma fóssil, em madeira petrificada.




                                      Floresta Petrificada em Kumming, China



                   A “madeira petrificada” pode preservar a estrutura da madeira com todos os seus detalhes, até ao nível microscópico. Estruturas tais como os anéis de crescimento e os vários tecidos são características frequentemente observadas.

                   
                 O processo do petrificação depende de determinadas condições.
- a madeira morta precisa de ser protegida da deterioração

- a madeira morta torna-se saturada com água carregada de minerais. A natureza porosa da madeira permite o movimento de partículas contidas na água.

- a água tem que carregar minerais específicos necessários à petrificação.

                    Sem proteção, a madeira morta fica suscetível ao ataque de fungos e de outros agentes biológicos de deterioração. A proteção pode vir pelo sepultamento rápido de troncos por cinzas vulcânicas, por lama, por areia, por cascalho, ou por outros sedimentos de granulometria fina, criando um ambiente anaeróbico.
                     Após o sepultamento e saturação da madeira pela água carregada de minerais, ocorrem reações químicas entre os minerais e os compostos de celulose das paredes das células da madeira. Começam a crescer cristais minerais nas paredes porosas das células, continua na  superfície interna das paredes, e acaba por encher a cavidade central (lúmen) da própria célula. Se o processo terminar aqui, as paredes da célula permanecem intactas, completamente revestidas com cristais. Este tipo de preservação é chamado de permineralização.
               Geralmente, leva mais de 100.000 anos para que se transforme completamente em pedra, mas na península de Seward foram precisos apenas alguns anos! A surpreendentemente e rápida permineralização ocorreu nas florestas do Parque Nacional dos Kenai Fjords. A possibilidade de ocorrer o fenômeno de rápida permineralização era somente uma premissa teórica até ao terremoto de 1964.
              O maior terremoto no hemisfério norte de 9.2 na escala de Richter causou tsunamis de 70m que inundaram as áreas litorais com água do mar em profundidades de 3m a 15m. A submersão longa, até 5 anos em água do mar, fêz com que as árvores substituíssem a água dos seus tecidos por água do mar, que continha sílica e outros minerais. 
           O tecido orgânico, como a madeira, contém poros e espaços. A água do mar enche os poros dos tecidos orgânicos e move-se através dos espaços celulares. Durante este processo, a água saturada evapora e os minerais excedentes são depositados nas células e nos tecidos. Este processo cria muitas camadas de sílica que substitui o tecido orgânico e torna uma árvore, que já foi viva, em pedra.

                                           Floresta Petrificada em Seward, EUA.

               Mas também existem florestas que foram petrificadas ao longo dos milhões de anos... Por exemplo: a Floresta Petrificada do Parque Nacional do Nordeste do Arizona tem madeira petrificada que foi preservada por milhões de anos. Durante o período Triássico há mais de 225 milhões de anos, ela era uma floresta semi-tropical com uma cadeia de montanhas vulcânicas.
               A cinza vulcânica decompôs-se e libertou produtos químicos na água que escoou nos troncos caídos. Os produtos químicos reagiram com o material orgânico na madeira e formaram cristais de quartzo. A madeira petrificada é muito colorida por causa de muitos tipos de minerais além da sílica, provenientes da sua fonte de água. Os minerais que saturam a água dão a cor à madeira petrificada. Alguns dos minerais que causam as cores são: o Cobre, Cobalto, e Crômio causa o verde e o azul, o Manganês causa a cor rosa, o Carbono causa o preto, Óxidos do ferro causam o vermelho, castanho, e amarelo, Óxidos do manganês causam o preto e a Sílica causa o branco e cinza. 



                                          

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Como criar um bonsai ?

Primeiramente, o que são bonsais ?


 - Bonsais são réplicas de plantas da natureza em miniatura, e deve simular as formas de crescimento, os efeitos da gravidade sobre os galhos e até mesmo a marca da ação do tempo sobre a estrutura da árvore.



Criar um bonsai geralmente parece ser uma tarefa complexa, cheia de regras e que exige dedicação e tempo integral de quem está criando, porém, isso não é verdade. O bonsai é uma arte japonesa muito simples em sua essência, que procura reproduzir em um pequeno vaso como a árvore seria crescendo no solo, na natureza. Bonsai é como uma miniatura de uma árvore. Mas não há uma altura padrão, pode ter desde alguns poucos centímetros de altura até mais de um metro.

A árvore de bonsai é crescida, conduzida, desenvolvida e  cuidadosamente modelada e podada para se recriar com a maior semelhança possível, um ambiente silvestre ou natural. As imperfeições da natureza também são reproduzidas em bonsais.

Assim como na natureza, temos bonsais de diferentes tipos, simulando árvores contorcidas pelo vento, árvores com partes mortas, ou até mesmo pequenas florestas. Essas formas foram classificadas para organizar exposições e competições, mas não devem ser o centro das atenções dos cultivos amadores. A dificuldade de cultivo varia de acordo com o tipo, sendo normalmente as plantas eretas (Chokkan) as de mais fácil cultivo.

Técnicas de cultivo :

Mas fazer e cuidar de um bonsai requer paciência, pois seu crescimento é muito lento. Entretanto, seu cultivo é considerado uma terapia, reduzindo o stress do dia a dia.

Para criar um bonsai, é preciso aprender algumas técnicas de controle do crescimento da planta, e são elas :
  • Restrição do crescimento das raízes pelo vaso utilizado: Uma árvore não possui essa restrição na natureza, por isso cresce livremente.
  • Uso de adubos com menor quantidade de nitrogênio: O nitrogênio em excesso provoca crescimento acelerado e folhas com tamanho maior que o desejado.
  • Regar a planta  em quantidades moderadas: Entende-se por moderada a regagem feita com critério, não com economia. O que não se pode fazer é molhar o bonsai todos os dias, se ele não seca de um dia para o outro, por isso o clima, o vento, a localização da árvore vão sempre influenciar diretamente na frequência da regagem. A rigor, deve usar-se a sensibilidade, regar quando a terra estiver seca, e não regar quando ela estiver ainda úmida.


 Estilos de Bonsai:

Podem ser encontrados bonsais de vários tamanhos, sendo que a maioria fica entre 5 cm e 80 cm. Os bonsais medindo até aproximadamente 25 cm podem ser chamados shohin. Costuma-se chamar os bonsais menores que 7 cm de nano.

Podemos encontrar, na natureza, árvores que crescem em formas bastante variadas. Essas formas são imitadas através de "treinamento" (aramação e poda). Os estilos abaixo são os básicos tradicionais. Existem outros que são considerados subtipos dos descritos abaixo.
  • Chokan: Estilo ereto formal. Árvore com tronco reto, que vai diminuindo de espessura gradualmente, da base ao ápice. Os ramos devem ser simétricos e bem balanceados.
  • Moyogi: Estilo ereto informal. Tronco sinuoso, inclinando-se em mais de uma direção à medida que progride para o ápice, embora mantendo uma posição geral mais ou menos ereta. A árvore deve dar a impressão de um movimento gracioso.
  • Shakan: Estilo inclinado. Tronco reto ou ligeiramente sinuoso, inclinando-se predominantemente em uma direção.
  • Kengai: Estilo cascata. A árvore se dirige para fora da lateral do vaso e então se movimenta para baixo, na direção da base do vaso, ultrapassando a borda do mesmo. Os vasos nesse estilo são estreitos e profundos.
  • Han-tensoi: Estilo semi-cascata. Semelhante ao anterior, com a árvore caindo a um nível abaixo da borda do vaso, mas não chega a altura da base do vaso.
  • Fukinagushii: Varrido pelo vento. Árvore com ramo e tronco inclinados como que moldados pela força do vento.

                                                                  
                                                                  Estilo Formal



                                                                      Estilo semi-cascata

Os bonsais não são modificados geneticamente. Praticamente qualquer espécie pode ser utilizada, sendo as mais famosas, as dos gêneros Pinus (pinheiros), Acer (bordo), Ulmus (olmos), Juniperus (junípero/zimbro), Ficus(figueira), Rhododendron (rododendro ou azálea), dentre outros.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Plantas Raras

               No nosso planeta, as vezes pensamos já ter visto de tudo, principalmente em relação às plantas, que aparecem em praticamente todos os lugares. Mas a natureza ainda guarda muitos mistérios e plantas exóticas para nos mostrar, algumas são estranhas, outras inusitadas, porém, todas são interessantes.


              Hydnora africana, nativa do sul da África, é uma planta parasita das espécies do gênero Euphorbia. Ela apresenta  tal aparência física incomum que de forma alguma se parece com  uma planta. Surpreendentemente semelhante a fungos é apenas distinguível dos mesmos quando a flor abre.
               O corpo da planta é completamente sem folhas, nula de clorofila e é marrom-acinzentado. À medida que envelhece, a planta fica de cinza-escuro ao preto. Uma rede de rizóforos  ou caules subterrâneos e raízes atravessam o solo ao redor da planta hospedeira. Estes podem aguentar uma série de vermiforme  comumente referidos como raízes, de mais ou menos  10 mm que se conectam com as raízes do hospedeiro. O corpo da planta só é visível quando as flores desenvolvimento empurram através do solo.





           Nativa do Mediterrâneo, a Dracunculus vulgaris é também conhecida como a Voodoo Lily, a Serpente e a Lily Lily Stink, uma vez que libera um aroma que cheira a carne podre, quando ela floresce. Esta é a forma da flor de atrair moscas , que ajudam a polinização para manter a espécie viva. Felizmente, o cheiro dura normalmente um dia.  

               O nome de Vulgaris dracunculus vem de sua aparência original - um aumento negro, chamado de espádice, entrelaçados por pétalas roxas que se assemelham a capa de Drácula. O espádice pode crescer por mais de quatro metros de altura.
            A Flor de Drácula, bem como seu xará , odeia a luz solar direta e floresce na sombra. Todas as partes da planta são venenosas se ingeridas e tocar a planta pode causar irritaçã da pele ou uma reação alérgica.


                

               Wollemia nobilis (Wollemi pinus) foi apelidado de "fóssil vivo" pois representa o único membro remanescente de um gênero antigo que remonta ao tempo dos dinossauros, com mais de 65 milhões de anos . Esta árvore impressionante só foi descoberta em 1994, causando grande euforia no mundo botânico.
                 Antes desta descoberta, todos Araucariaceae pertenciam a dois gêneros: Agathis , os pinheiros Kauri, confinado às florestas no nordeste de Queensland na Austrália, e em outros lugares, e Araucária , a Ilha Norfolk, Bunya e Hoop, pinheiros encontrados ao longo do litoral leste da Austrália e em outros lugares. O pinheiro Wollemi apresenta  algumas características de ambos os gêneros, mas não pertence a nenhum.
                  O pinheiro Wollemi é protegida na Austrália e a população está localizada dentro do Pine Wollemi National Park, onde esta população é frágil e conseguiu garantir que a espécie permanecesse viável no longo prazo. É uma árvore tão fascinante e pode ter muito para revelar sobre as espécies antigas, antes conhecidas apenas a partir de fósseis. Sua descoberta sublinha o papel vital que a conservação do habitat tem a desempenhar na preservação da biodiversidade.
                 Quem teria pensado que, no final do século XX, apenas 125 quilômetros do centro de uma metrópole de mais de quatro milhões de pessoas, os cientistas iriam encontrar uma árvore, até então desconhecida, em uma área de deserto acidentado. É difícil imaginar como essa árvore, que já foi propagada e, em breve estará crescendo nos jardins ao redor do globo, poderia ter sido extinta a 150 milhões de anos. Mas não há mistério quando a história desta árvore é entendida dentro do quadro de Deus e o calendário da história da Terra. Ao invés de ser um fóssil vivo, é um sobrevivente do dilúvio de apenas 4.500 anos atrás, destinado a crescer no novo mundo, enquanto seus parentes ( não antepassados) eram enterrados com os restos do velho mundo.



                
                A Welwitschia Mirabilis é uma planta do deserto, descoberta a 3 de Setembro de 1859 pelo botânico explorador austríaco Frederich A. Welwitsch.
Frederic Welwitsch  foi para Lisboa em 1839. Posteriormente conseguiu autorização para entrar em Angola, para onde embarcou a 8 de Agosto de 1853.
                Fez demoradas explorações botânicas e descobriu a Welwitschia Mirabilis no deserto de Moçâmedes (atualmente com o nome de Deserto do Namibe).
A planta que recebeu o binome de Welwitschia Mirabilis era tão diferente, morfologicamente, de todas as espécies botânicas conhecidas, que dada a grandeza dessas diferenças, não “cabia” em nenhum dos gêneros já descritos. Houve, por isso, a necessidade de criar um novo, no qual ainda hoje se conserva, como uma única espécie, a Welwitschiaceae.
              É também conhecida por "Tumbo", pelos autóctones, nativos da região do deserto de Moçâmedes.
               Planta da família das gimnospérmicas adaptada à vida nas regiões desérticas da Africa tropical, tem caule de grandes dimensões, com a forma de um gigantesco cogumelo dilatado e côncavo de 50 a 75 cm de altura que parece partida pelo golpe de um machado em tiras.
                As suas grandes folhas, duras e muito largas, deitadas no chão, arrastam-se pelo deserto podendo atingir dois ou mais metros de comprimento.


                 
                Drakaea Glyptodon ou  Rei-no-seu-carro se localiza no oeste da Austrália. Esta orquídea é encontrada a partir de Jurien Bay a leste de Esperance. É generalizada e comum e é geralmente encontrada em solos arenosos úmidos. Seu período de floração vai de agosto até outubro.
                  Drakaea é um gênero em extinção de orquídea que é nativo da Austrália . Orquídeas deste gênero são comumente chamados de "Orquídeas Hammer". O nome comum refere-se à forma da orquídea, e a forma como se move, se assemelha a um martelo. O gênero foi nomeado após a senhorita Drake, um artista botânica que desenhou orquídeas e outras plantas para auxiliar os taxonomistas na Inglaterra no século 19. 
                  Orquídeas martelo tem o seu método de polinização bem especificado, apenas sendo polinizadas pela vespa Thynnid As Orquídeas martelo imitam as vespas do sexo feminino, sendo o seu labelo similar na cor e na estrutura que o abdômen da vespa fêmea.. As orquídeas também produzem os feromônios muito semelhantes aos que a fêmea da vespa fêmea produz para para atrair o macho. 
                  Esta forma de simbiose não é mutualística , a vespa não recebe nada em troca por ter polinizado a orquídea martelo. Este método nem sempre funciona para a polinização da planta, porque a vespa macho nem sempre vai se “apaixonar” pela orquídea, especialmente durante o acasalamento quando há vespas fêmeas mais ativas. 



                  Wolffia é um gênero que apresenta de 9 a 11 espécies, que incluem as menores plantas floríferas na Terra. Comumente chamado watermeal ou lentilha , estas plantas aquáticas se assemelham a grãos de milho boiando na água. São de livre flutuação talo , verde ou verde-amarelo, e sem raízes. A flor é produzida em uma depressão na superfície superior do corpo da planta. Tem um estame e um pistilo . Indivíduos muitas vezes flutuam juntos em pares ou em tapetes flutuantes de plantas relacionadas, tais como Lemna e Spirodela . A maioria das espécies têm uma distribuição muito ampla em vários continentes. São compostos de proteína cerca de 40%, aproximadamente o mesmo que o da soja , tornando-os uma fonte de alimento potencial de alta proteína. Eles têm sido, historicamente, coletados a partir da água e comido.



Por: Matheos Brainer